domingo, 10 de abril de 2011

O pirulito que voa




"Pirulito que voa voa, pirulito que vai voar, quem gosta de mim é ele e que gosta dele sou eu" ♪




 Quem viveu nos anos 80 e 90 não esquece esse jingle. O famoso Pirocóptero, os famosos pirulitos que voam, marcaram época entre as crianças. Na escola, nas ruas, nas festas de aniversário...Sempre havia uma roda de crianças girando o cabo do pirulito encaixado a uma hélice.

Infelizmente, poucas informações existem sobre a história deste brinquedo, algumas duvidosas. Por exemplo, há relatos de que o pirocóptero (antes de ser pirulito)  é uma criação milenar, idealizada pelos gregos, que se inspiraram em  libélulas. Porém, nada oficial.

O que se sabe, é que a invenção virou febre, e muitos compravam os pirulitos - sabores morango e tuti-fruti - só para brincar depois. Em alguns lugares ainda podem ser encontrados, mas o advento do video game e das muitas atividades das crianças, fez com que saisse de moda.

 

quinta-feira, 3 de março de 2011

O guaraná injustiçado




Hoje, quando se fala em guaraná, a primeira marca que vem a cabeça é o Guaraná Champagne Antartica, líder de mercado. O que poucos se lembram é que uma marca fez história e esteve presente em grandes momentos das famílias brasileiras: o guaraná Brahma.

Foi lançado em 1927 por uma empresa 100% brasileira, a Companhia Cervejaria Brahma. Porém, tornou-se conhecida em ambito nacional no final dos anos 70. A década de 80 foi seu auge, passando a ser figura constante nos meios de comunicação com anúncios publicitários (ver vídeo).



O Guaraná Brahma era apenas uma parte da linha de refrigerantes da empresa. Também pertencia à familia a Brahma Limão e a Tônica Brahma. 
Em 1988, a linha foi lançada em embalagens de vidro de 250 ml, 1 litro e 290 ml. No ano seguinte, já estavam disponíveis nas embalagens de 1250 ml, 1500 ml, e garrafas pet de 1 e 2 litros, além da lata de 350 ml. Era um tempo que o consumidor brasileiro dava preferência às garrafas retornáveis, que estão voltando à moda pela Coca Cola. Nesse mesmo período, surgiram as opções light e diet.

Nos anos 90, mais especificamente em 1994, sofreu reformulações, tanto na embalagem quanto em sua composição. Houve grande investimento em publicidade, com a divulgação do slogan: Experimente o novo.




No ano 2000, saiu de cena devido a fusão da marca com a Antartica, que formou a AmBev. O objetivo era cortar gastos na produção, e apenas o Guaraná Antartica permaneceu.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Sabor e conhecimento




1983 foi o ano em que a Nestlé lançou no Brasil um produto que ficou na memória de muitos: o chocolate Surpresa. Tratava-se de uma guloseima educativa, pois, dentro da embalagem  havia cromos que abordaram vários temas durante o período em que o Surpresa foi comercializado. Trazia informações sobre animais, seus habitats, hábitos alimentares, entre outras. 

O chocolate - de formato retangular  e gravado  com uma figura em alto relevo - virou líder de vendas, e ganhou ainda mais fama nos anos de 1990, com a coleção Dinossauros. Os colecionadores das figuras poderiam adquirir um álbum. Para isso, bastava enviar cartas à Nestlé, informando o número gravado na embalagem.

Álbum Ano de circulação
Animais de todo o mundo 1983
Animais do Pantanal 1984
Maravilhas do mar 1985
Animais da Amazônia 1986
A fantástica Mata Atlântica 1987
Litoral e ilhas oceânicas 1988
Campos e cerrados 1989
Sertões 1991
Cães de raça 1992
Dinossauros 1993
Viagem surpresa ao fundo do mar 1995
Viagem espacial 1998
Shows da natureza 1999
Guia dos curiosos 2000

terça-feira, 1 de março de 2011

Conheça seu 'companheiro de aventura'



Quem nunca sentiu aquela fome em uma determinada hora do dia e a matou com um saboroso leite com Toddy? Penso que somente aqueles alérgicos a lactose.
O que muitos não sabem é a rica história por trás do achocolatado concorrente principal do Nescal. 

A marca foi criada pelo  porto-riquenho Pedro Santiago, que se mudou para os Estados Unidos após um furacão destruir toda plantação de cacau de sua família. Depois de 15 anos lavando banheiro em terras norte-americanas, entrou para o ramo alimentício lançando o produto em 1930. Ele misturou as características de duas bebidas: Toddy Escocesa, feita de mel, ovo, creme de leite e uísque, e Rum Toddy, mistura caribenha de melaço de cana, rum e cacau. Ambas eram apreciadas quentes durante o inverno. Daí o nome Toddy, originado do inglês, que significa "bebida quente e adocicada.

A entrada no mercado brasileiro aconteceu em 1933, quando Santiago obteve autorização para comercializar a novidade por parte do então presidente Getúlio Vargas.  O criador  investiu em publicidade, contratando inclusive aviões, para desenhar a marca em forma de fumaça no céu. Fomos o quarto país do mundo a receber os primeiros lotes.

 No início, o achocolatado vinha em latas de aço, e foi popularizado com anúncios divertidos e inovadores, que valorizavam a cultura Nacional. Jingles ficaram famosos, como o do video abaixo, produzido nos anos 50. Sempre apontando como diferencial a valorização da saúde.





Em 1981, a empresa norte-americana Quaker Oats adquiriu a marca, e lançou o Toddynho, direcionado ao público infantil (ver video). Foi uma inovação, que rendeu ao Toddynho o título de primeiro achocolatado em embalagem tetra blik comercializado no Brasil, pronto para beber.



No ano de 2001, a Quaker Oats foi comprada pela Pepsi Co, fazendo com que houvesse aumento na linha de produtos Toddy. Em 2008, a marca passou a investir no público jovem com a criação da campanha "Boiada Toddy", fazendo alusão a coisas que vêm fácil. São promoções em que os jovens podem concorrer a prêmios instantâneos (ver video).


XR3: o sonho de uma geração



Hoje em dia, quem vê passar pelas ruas um Escort XR3 pensa: "mais uma velharia andando pelas ruas". Entretanto, esse carro foi o sonho de consumo da juventude dos anos 80. Considerada as devidas proporções, era como ter um Golf último tipo.

Lançado no mercado nacional há 26 anos, foi o carro mais caro do País juntamente com o Opala Diplomata, segundo dados da revista Auto Esporte.
Para os padrões da época, era um carro completo. Vinha equipado com vidros elétricos, faróis de neblina, teto solar manual, e spoilers dianteiro e traseiro. Só não tinha  ar condicionado, algo raro no Brasil. 
O lançamento do modelo foi feito em grande estilo. Ayrton Senna era o garoto propaganda, o que contribuiu ainda mais para excitar os fanáticos por carro (ver video).



Quatro meses depois, foi lançada a versão conversível (ver video).




Em 1992, chegou a segunda geração do esportivo, equipado com o motor 2.0 do Gol. Isso porque estava em vigor a Autolatina, uma parceria entre Ford e Volkswagen.  Com a diminuição das vendas, o XR3 saiu de linha em 1995.






Que tal 'bater' tazo?



Quem nunca comprou um salgadinho só para aumentar a coleção de tazo e colocá-la em apostas em um divertido jogo?
No ano de 1997, esses pequenos discos com figuras foi lançado no mercado brasileiro pela Elma Chips, e logo virou febre entre crianças e adolescentes.  Os primeiros personagens a serem ilustrados nos tazos eram os  Looney Tones. Personagens como Pernalonga, Patolino e Ligeirinho, entre outros, eram estampados em discos de 3 valores: 1 ponto (amarelo normal), 2 pontos (Super Tazo) e 3 pontos (Mega Tazo). Ainda existia o Master Tazo, um disco mais duro que servia para 'bater', como em competição de figurinha.

 Master Tazos, utilizados para serem lançados à pilha de tazos. O objetivo era virar o maior número possível


No fim do mesmo ano, a Elma Chips inovou lançando os Tazos voadores dos Animaniacs. Em 1998, foi a vez dos Tiny Toons ilustrarem esses objetos, seguidos pelo Máskara, no mesmo ano.

Outros Tazos viraram 'febre', como o dos Animais em Extinção (abaixo), que vinham juntos com os inesquecíveis chicletes Ping Pong.




Nos anos 2000, a Elma Chips lançou tazos com outros temas e materiais, porém, não com o mesmo sucesso. Entre 1999 e 2000, os Pokemons (abaixo) eram a bola da vez. 



Em 2002, ano da Copa do Mundo, vinham ilustrados com os personagens do Cartoon Network, ligados ao assunto Futebol (ver vídeo).



Em 2004, foi a vez dos Tazos metálicos do Yu-gi-o!, que também foi sucesso. Os últimos personagens a fazerem parte dessa idéia de sucesso da Elma Chips eram do Dragon Ball Z.
Outra marca que investiu nos tazos foi o Chicle de Bola Buzzy, com os deuses gregos  e monstros como tema (abaixo). Denominados Caps, a iniciativa não foi capaz de brigar em pé de igualdade com a Elma Chips por essa fatia do mercado.


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Da telinha para as mãos da criançada



Quem nos anos 90 não se divertia com os programas infantis da Rede Manchete? Algumas séries marcaram época, como: Cybercops, Patrini, Cavaleiros do Zodíaco, Flashmans e, principalmente, Winspector.
Esquadrão Especial Winspector era de origem japonesa, e foi produzida entre 1990 e 1991. Em 1993, passou a ser exibida no Brasil pela antecessora da Rede TV. Contava a história de um batalhão de policia futurista, que contava com o sargento Shunsuke Masaki  e os policiais robôs Biker e Highter, além de Liuma Ogawa, o Fire.
Durante o auge da série, a fabricante de brinquedos Glasslite lançou no mercado o carrinho e os personagens da série, que viraram febre entre as crianças.
Os bonecos de Biker, Highter e Fire tinham um diferencial que os transformavam em sonho de consumo: o destaque das armaduras, que, posteriormente, foram características adotadas pelos bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco. Já o carrinho fazia algo que era característico na série: trocava de cor, saindo do básico (branco) para transformar-se no carro de batalha vermelho.
Esses itens viraram relíquias, e hoje, juntos, dependendo do estado de concervação, podem custar até R$ 500,00.


Esse processo de valorização também pode ser considerado em outros brinquedos, como os famosos Power Ranger que viram a cabeça. A série americana, remake de uma versão japonesa, chegou ao Brasil em 1995 e era exibido pela Rede Globo. Quem tinha TV a cabo, teve o privilégio de assistir a série pela extinta Fox Kids, hoje Disney XD. Foi sucesso total, e logo a Bandai lançou os brinquedos licenciados.
Atualmente, cada boneco pode custar até R$50,00. Sem contar o Megazord, item de cobiça de muitos. O grande diferencial dos bonecos era o poder de morphar. Apertando um botão na cintura, a cabeça virava, transformando o personagem em ranger.
O Megazord poderia ser montado e desmontado, como na tevê. Mastodonte, Trisceratops, Pterodátilo, Tigre Dente de Sabre, Tiranossauro Rex e Dragão Zord se uniam e viravam um só, para a diversão da criançada.
 Se você, como eu, adquiriu esses produtos, parabens! Você faz parte da história.