quinta-feira, 3 de março de 2011

O guaraná injustiçado




Hoje, quando se fala em guaraná, a primeira marca que vem a cabeça é o Guaraná Champagne Antartica, líder de mercado. O que poucos se lembram é que uma marca fez história e esteve presente em grandes momentos das famílias brasileiras: o guaraná Brahma.

Foi lançado em 1927 por uma empresa 100% brasileira, a Companhia Cervejaria Brahma. Porém, tornou-se conhecida em ambito nacional no final dos anos 70. A década de 80 foi seu auge, passando a ser figura constante nos meios de comunicação com anúncios publicitários (ver vídeo).



O Guaraná Brahma era apenas uma parte da linha de refrigerantes da empresa. Também pertencia à familia a Brahma Limão e a Tônica Brahma. 
Em 1988, a linha foi lançada em embalagens de vidro de 250 ml, 1 litro e 290 ml. No ano seguinte, já estavam disponíveis nas embalagens de 1250 ml, 1500 ml, e garrafas pet de 1 e 2 litros, além da lata de 350 ml. Era um tempo que o consumidor brasileiro dava preferência às garrafas retornáveis, que estão voltando à moda pela Coca Cola. Nesse mesmo período, surgiram as opções light e diet.

Nos anos 90, mais especificamente em 1994, sofreu reformulações, tanto na embalagem quanto em sua composição. Houve grande investimento em publicidade, com a divulgação do slogan: Experimente o novo.




No ano 2000, saiu de cena devido a fusão da marca com a Antartica, que formou a AmBev. O objetivo era cortar gastos na produção, e apenas o Guaraná Antartica permaneceu.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Sabor e conhecimento




1983 foi o ano em que a Nestlé lançou no Brasil um produto que ficou na memória de muitos: o chocolate Surpresa. Tratava-se de uma guloseima educativa, pois, dentro da embalagem  havia cromos que abordaram vários temas durante o período em que o Surpresa foi comercializado. Trazia informações sobre animais, seus habitats, hábitos alimentares, entre outras. 

O chocolate - de formato retangular  e gravado  com uma figura em alto relevo - virou líder de vendas, e ganhou ainda mais fama nos anos de 1990, com a coleção Dinossauros. Os colecionadores das figuras poderiam adquirir um álbum. Para isso, bastava enviar cartas à Nestlé, informando o número gravado na embalagem.

Álbum Ano de circulação
Animais de todo o mundo 1983
Animais do Pantanal 1984
Maravilhas do mar 1985
Animais da Amazônia 1986
A fantástica Mata Atlântica 1987
Litoral e ilhas oceânicas 1988
Campos e cerrados 1989
Sertões 1991
Cães de raça 1992
Dinossauros 1993
Viagem surpresa ao fundo do mar 1995
Viagem espacial 1998
Shows da natureza 1999
Guia dos curiosos 2000

terça-feira, 1 de março de 2011

Conheça seu 'companheiro de aventura'



Quem nunca sentiu aquela fome em uma determinada hora do dia e a matou com um saboroso leite com Toddy? Penso que somente aqueles alérgicos a lactose.
O que muitos não sabem é a rica história por trás do achocolatado concorrente principal do Nescal. 

A marca foi criada pelo  porto-riquenho Pedro Santiago, que se mudou para os Estados Unidos após um furacão destruir toda plantação de cacau de sua família. Depois de 15 anos lavando banheiro em terras norte-americanas, entrou para o ramo alimentício lançando o produto em 1930. Ele misturou as características de duas bebidas: Toddy Escocesa, feita de mel, ovo, creme de leite e uísque, e Rum Toddy, mistura caribenha de melaço de cana, rum e cacau. Ambas eram apreciadas quentes durante o inverno. Daí o nome Toddy, originado do inglês, que significa "bebida quente e adocicada.

A entrada no mercado brasileiro aconteceu em 1933, quando Santiago obteve autorização para comercializar a novidade por parte do então presidente Getúlio Vargas.  O criador  investiu em publicidade, contratando inclusive aviões, para desenhar a marca em forma de fumaça no céu. Fomos o quarto país do mundo a receber os primeiros lotes.

 No início, o achocolatado vinha em latas de aço, e foi popularizado com anúncios divertidos e inovadores, que valorizavam a cultura Nacional. Jingles ficaram famosos, como o do video abaixo, produzido nos anos 50. Sempre apontando como diferencial a valorização da saúde.





Em 1981, a empresa norte-americana Quaker Oats adquiriu a marca, e lançou o Toddynho, direcionado ao público infantil (ver video). Foi uma inovação, que rendeu ao Toddynho o título de primeiro achocolatado em embalagem tetra blik comercializado no Brasil, pronto para beber.



No ano de 2001, a Quaker Oats foi comprada pela Pepsi Co, fazendo com que houvesse aumento na linha de produtos Toddy. Em 2008, a marca passou a investir no público jovem com a criação da campanha "Boiada Toddy", fazendo alusão a coisas que vêm fácil. São promoções em que os jovens podem concorrer a prêmios instantâneos (ver video).


XR3: o sonho de uma geração



Hoje em dia, quem vê passar pelas ruas um Escort XR3 pensa: "mais uma velharia andando pelas ruas". Entretanto, esse carro foi o sonho de consumo da juventude dos anos 80. Considerada as devidas proporções, era como ter um Golf último tipo.

Lançado no mercado nacional há 26 anos, foi o carro mais caro do País juntamente com o Opala Diplomata, segundo dados da revista Auto Esporte.
Para os padrões da época, era um carro completo. Vinha equipado com vidros elétricos, faróis de neblina, teto solar manual, e spoilers dianteiro e traseiro. Só não tinha  ar condicionado, algo raro no Brasil. 
O lançamento do modelo foi feito em grande estilo. Ayrton Senna era o garoto propaganda, o que contribuiu ainda mais para excitar os fanáticos por carro (ver video).



Quatro meses depois, foi lançada a versão conversível (ver video).




Em 1992, chegou a segunda geração do esportivo, equipado com o motor 2.0 do Gol. Isso porque estava em vigor a Autolatina, uma parceria entre Ford e Volkswagen.  Com a diminuição das vendas, o XR3 saiu de linha em 1995.






Que tal 'bater' tazo?



Quem nunca comprou um salgadinho só para aumentar a coleção de tazo e colocá-la em apostas em um divertido jogo?
No ano de 1997, esses pequenos discos com figuras foi lançado no mercado brasileiro pela Elma Chips, e logo virou febre entre crianças e adolescentes.  Os primeiros personagens a serem ilustrados nos tazos eram os  Looney Tones. Personagens como Pernalonga, Patolino e Ligeirinho, entre outros, eram estampados em discos de 3 valores: 1 ponto (amarelo normal), 2 pontos (Super Tazo) e 3 pontos (Mega Tazo). Ainda existia o Master Tazo, um disco mais duro que servia para 'bater', como em competição de figurinha.

 Master Tazos, utilizados para serem lançados à pilha de tazos. O objetivo era virar o maior número possível


No fim do mesmo ano, a Elma Chips inovou lançando os Tazos voadores dos Animaniacs. Em 1998, foi a vez dos Tiny Toons ilustrarem esses objetos, seguidos pelo Máskara, no mesmo ano.

Outros Tazos viraram 'febre', como o dos Animais em Extinção (abaixo), que vinham juntos com os inesquecíveis chicletes Ping Pong.




Nos anos 2000, a Elma Chips lançou tazos com outros temas e materiais, porém, não com o mesmo sucesso. Entre 1999 e 2000, os Pokemons (abaixo) eram a bola da vez. 



Em 2002, ano da Copa do Mundo, vinham ilustrados com os personagens do Cartoon Network, ligados ao assunto Futebol (ver vídeo).



Em 2004, foi a vez dos Tazos metálicos do Yu-gi-o!, que também foi sucesso. Os últimos personagens a fazerem parte dessa idéia de sucesso da Elma Chips eram do Dragon Ball Z.
Outra marca que investiu nos tazos foi o Chicle de Bola Buzzy, com os deuses gregos  e monstros como tema (abaixo). Denominados Caps, a iniciativa não foi capaz de brigar em pé de igualdade com a Elma Chips por essa fatia do mercado.